Rumo à Cidade do Sol. Foto: Sandra Raquew Azevêdo |
Celebro hoje o aniversário da
minha cidade natal, Patos. Não tenho como esquecer, porque, de sobressalto,
menstruei no mesmo dia do aniversário da cidade, décadas atrás. E essa
travessia me fez fixar a data num ciclo que se repete. Compasso de tantas
estações.
Não guardo ufanismos em torno
desse lugar de origem, mas sei do muito que levo que se vincula profundamente a
esse espaço. Migrei como tantas pessoas de minha geração. A migração, segundo o
romance histórico, Malinche, é um ato de sobrevivência...
Patos, essa cidade como um rio,
me atravessa. Cheguei e parti infinitas vezes, sempre diferente. Perdi pessoas insubstituíveis,
mantive meus laços mais primitivos, e arrastei comigo um modo de ver a mim
mesma e o mundo, diverso, como um fragmento desse lugar.
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