terça-feira, 19 de abril de 2016

19 de Abril

Todos os anos se comemora no Brasil o Dia do Índio. Nada contra a Data, entendo apenas que não consegue ainda expressar ou refletir um debate mais sincero sobre a condição indígena no Brasil.

Acho que muito distante até das políticas afirmativas no tocante à população negra, o reconhecimento étnico  indígenas ainda é muito tímido e talvez distante da realidade dos diferentes povos vivem aqui de modo ancestral.

Seria muito significativo se no campo da cultura, comunicação, artes, entre outros,  houvesse um maior  inclusão das questões indígenas do Brasil.

Ao assistir o Abraço da Serpente, filme colombiano dirigido por Ciro Guerra, lembrei de outro filme  provocador, o Brincando nos Campos do Senhor, de Hector Babenco. Como é desafiador pensar o mundo, a ciência, a cultura, o meio ambiente a partir de outra Cosmovisão. Filmes O Abraço da Serpente, Brincando nos Campos do Senhor, Kiriku e a Feiticeira,  Azur e Asmar,  O Menino e o Mundo,  falam de processos e sujeitos singulares,  deixam explicita a violência simbólica do processo civilizador, ou da colonização, da nossa indiferença cotidiana. Mas também nos apresentam outros exercícios de ver o mundo, os sujeitos e a particularidade de suas culturas, e de quanto essa diversidade humana é vital.